Centro apresentou estudos que analisam o avanço do narcotráfico na Amazônia e alternativas econômicas para comunidades afetadas
Brasília, 20 de novembro de 2025 – Durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), realizada em Belém (PA), de 10 a 21/11, o UNODC coloca a integração das respostas de justiça no centro da ação climática global, reconhecendo que enfrentar os crimes que afetam o meio ambiente e o crime organizado é essencial para avançar na mitigação e adaptação às mudanças climáticas. A conferência, sediada no Brasil, se destacou pela centralidade da Amazônia e dos territórios indígenas, em meio a uma tripla crise planetária — mudanças climáticas, perda da biodiversidade e poluição — todas agravadas por redes criminosas transnacionais.
O Cdesc participou de três painéis estratégicos promovidos pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos (Senad/MJSP) e o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC). Os debates integraram temas como políticas sobre drogas, justiça ambiental, segurança pública e fortalecimento territorial, com foco nos contextos amazônicos.
Painel 1 – Futuro Justo, Territórios Seguros – 18/11
O painel discutiu formas de garantir direitos e segurança nos territórios da Amazônia frente à convergência de crimes e ao assédio do crime organizado. O Cdesc contribuiu com reflexões sobre a construção de respostas conjuntas para reduzir vulnerabilidades, ampliar a resiliência local e proteger modos de vida, especialmente de juventudes, mulheres e povos indígenas.
Painel 2 – Alternativas Sustentáveis para a Amazônia – 18/11
Reuniu lideranças indígenas, representantes do UNODC, Senad e academia para debater soluções frente ao avanço do crime organizado. O foco esteve na articulação entre repressão, proteção territorial, prevenção e estímulo ao Desenvolvimento Alternativo Sustentável, promovendo a transição de economias ilícitas para lícitas.
Painel 3 – Amazônia sob Pressão – 19/11
O Cdesc e a Senad fizeram o pré-lançamento do Índice de Vulnerabilidade ao Crime Organizado – Territórios Indígenas. Voltada a gestores públicos e pesquisadores, a ferramenta propõe um mapeamento que cruza dados sobre governança do território, degradação ambiental, violência, indícios de economias ilícitas e indicadores sociais como educação, renda e saúde, visando diagnóstico e monitoramento territorial.